Mary's Blood: Heavy Metal com boas referências nas guitarras - Valley Of Metal

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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Mary's Blood: Heavy Metal com boas referências nas guitarras

 


Capítulo 01 - Um reinício, buscando novas referências!

Antes de falarmos sobre o Mary's Blood, é preciso dar um certo contexto rápido, pois existe uma história que não pode ser apagada. O Destrose (que certamente ganhará uma menção à parte em nosso quadro futuramente por suas ramificações e influências) foi responsável por algumas das ideias que vemos hoje com o crescente metal moderno japonês, sendo uma das mais expressivas de sua época, apesar de terem incrivelmente ganhado notoriedade já em seu hiato (não havendo sucesso comercial como outros projetos coligados).


A guitarrista Eri, a baixista Niboshi (que participou da formação da “Kayo”) e a baterista Mari se uniram em prol de novas ideias e mais espaço, recrutando, após alguns meses, a guitarrista Chiba naquele mesmo ano. Assim, em dezembro, tinham sua primeira formação oficial como Mary's Blood e lançaram um single, “Save the Queen”.


Capítulo 02 - Mudanças? Temos novamente!

Passando para 2011, vemos uma quase consolidação por conta de suas participações em pubs menores, ganhando um certo prestígio. O primeiro EP intitulado “0-Zero” chegou, e mais um single na manga foi jogado para o público: a acessível “Last Game”. Por motivos que não foram tão bem explicados até hoje, Eye, Saki e Rio (ex-Destrose) acabaram entrando na banda a convite de Mari, após a saída de Eri, Niboshi e Chiba em sequência no ano de 2012. Tiveram “Scarlet” (seu segundo EP) e, novamente com ideias interessantes, conseguiram se reerguer.

Já em 2013, receberam um convite bem interessante para estarem em Houston, Texas, no Anime Matsuri, sendo sua primeira viagem internacional até então.


Capítulo 03 - O primeiro contrato e a oportunidade que precisavam!

A Nippon Columbia ofereceu seu primeiro contrato e, finalmente, conseguiram lançar um debut, o ótimo “Countdown to Evolution”. Lançado em 2014, possuía canções bem estruturadas e se estabilizaram inicialmente como uma promessa (algo que também era visto anteriormente no Destrose, porém, com menos holofotes). Deram um passo importante para sua jornada inicial no disputado cenário do rock japonês das últimas duas décadas.


De início, tudo deu certo, e o novo single intitulado “Marionette” caiu nas graças da mídia especializada, rendendo ótimos rankings durante os próximos meses e consideráveis elogios da icônica revista Burrn!, que listou a banda entre as duas melhores de sua categoria, o single entre os sete mais votados e o álbum entre os quinze mais tocados. Ainda naquele ano, conseguiram abrir shows para ninguém menos que Marty Friedman, e sua tour “Act 1: Countdown to Evolution” acabou se tornando um sucesso comercial, estendendo-se para o ano seguinte com participações em shows das bandas Secret Sphere e Ego Fall.


Capítulo 04 - A consolidação chegou!

Em 2015, o importante “Naon no Yaon festival” estava acontecendo, e tiveram sua participação em êxtase para os presentes, sendo convidadas por uma das principais bandas dos anos 80, a Show-Ya (para quem não sabe, uma das referências no chamado “female japanese metal”).


Naquele mesmo momento, uma collab muito interessante com os gigantes do DragonForce foi feita, o que também acabou culminando na troca de gravadora, já que o interesse naquele instante era o mercado internacional. Assim, assinaram com a Victory Entertainment (uma subsidiária da JVCKenwood), já prometendo um novo álbum. “Bloody Palace” foi o título e, assim, suas novas faixas viram a luz do sol em outubro, apoiadas da “Invasion of Queen tour”, bastante ovacionada e tendo uma boa média de público para aquele momento.


O álbum em si não mudou tantas características da banda, mas, ainda assim, trouxe alguns elementos novos por conta de terem mais recursos (e alguns deles realmente fizeram diferença). “Fate”, seu terceiro álbum, chegou para o público quase um ano depois, apoiado de uma nova tour. Agora, ainda maiores, conseguiram suporte com grandes nomes e participações em suas músicas (vale ressaltar que, a essa altura, novos contratos foram assinados e seus álbuns começaram a ser distribuídos pela Europa).


Capítulo 05 - Acomodação ou muito sucesso?

Seguindo sua trajetória, tivemos o lançamento de “Revenant” em 2018, um álbum que não conseguiu atingir tanto o seu público, mas que, ainda assim, trouxe algumas faixas legais (e, novamente, trocaram de gravadora). Em 2019, com um cenário mais favorável após o lançamento de “Confessions”, o até então mais recente registro. Na mesma data, a banda fez sua primeira apresentação na Europa (na famosa “the O₂ Academy Islington”, em Londres, Inglaterra). Porém, com a chegada da Covid-19, os trabalhos foram cancelados, e assim tiveram que esperar muito para uma nova promoção.

Em 2022, a banda anunciou um hiato indefinido, no qual persiste nos dias atuais.

Pensando no que pode ter havido, fica um questionamento: Será que o sucesso desgastou novamente um projeto ou a acomodação de mais um nome de sucesso ganhando royalties pode ser o problema? Antes, vimos o fim de uma banda para o início desta que abordamos, e agora o ciclo se repete com integrantes priorizando suas carreiras solo…


Curiosidades: Uma das sensações dos últimos 5 anos, a banda japonesa Nemophila, tem como destaque a (agora) virtuose guitarrista Saki, enquanto Mari segue fazendo vídeos para seu canal no YouTube e, mais recentemente, em um projeto voltado ao Thrash Metal chamado Crucified. Por fim, Rio e Eye seguem em carreira solo sob o nome “Yako Ikuta” (生田弥子).

Por: Vinny Almeida 

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