Rock e Metal: histórias de crimes justificados por músicas - Valley Of Metal

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sábado, 13 de julho de 2024

Rock e Metal: histórias de crimes justificados por músicas


A influência da arte na vida das pessoas é um fato amplamente reconhecido. No entanto, existem alguns casos surpreendentes em que músicas foram usadas como justificativa para a prática de crimes horríveis. Hoje, exploramos algumas dessas histórias perturbadoras. 


1. Ronald Pituch e Metallica

Em 2002, Ronald Pituch após um surto psicótico, matou sua própria mãe depois que ela se recusou a comprar cigarros para ele. Em seguida, Ronald amarrou sua sobrinha de 5 anos para tentar fugir. Durante a tentativa de fuga, encontrou um menino de 11 anos na rua e o esfaqueou até a morte. Ronald, que sofria de esquizofrenia e transtorno bipolar, alegou que não tomava sua medicação há algum tempo e que ouvia repetidamente o álbum "Load" do Metallica. 


Segundo ele, a música "Ronnie" era sobre sua vida, ("Ronnie" é um apelido para o nome Ronald em inglês). Na música, Ronnie, um menino solitário de uma cidade pequena, comete um ato violento e trágico, matando várias pessoas com uma arma de fogo. A canção mostra a transformação da cidade após a tragédia, marcada pela violência e desolação. O caso fez com que todos questionassem a influência da música na mente das pessoas. 

Ronald Pituch


2. Richard Ramirez e AC/DC

Richard Ramirez, conhecido como "Night Stalker", foi um serial killer responsável por uma série de assaltos, sequestros, estupros e assassinatos na região de Los Angeles e São Francisco entre 1984 e 1985. Ramirez utilizou uma variedade de armas em seus ataques, incluindo armas de fogo, facas, chave de roda e martelo. Ele também ficou conhecido pelo uso de imagens satânicas, como pentagramas, que desenhava nos locais dos ataques e nos corpos das vítimas. 


Durante seu julgamento, Ramirez nunca expressou remorso por seus crimes, chegando a insultar e rir durante o processo. Ele foi condenado por 13 assassinatos, cinco tentativas de homicídio, 11 atos de agressão sexual e 14 roubos. 


Ramirez era fã de diversas bandas de rock e heavy metal, e seus atos foram frequentemente ligados à música que ele costumava ouvir. A imprensa chegou a afirmar que os assassinatos cometidos por Ramirez foram incentivados pela música "Night Prowler", do álbum "Highway to Hell" do AC/DC. Políticos, igrejas e líderes comunitários taxaram o AC/DC como "advogados do diabo", gerando polêmica e dificultando a turnê da banda na época.

Richard Ramirez


3. John Bardo e U2 

Em 1987, o U2 lançou The Joshua Tree, seu quinto álbum de estúdio. Entre as faixas, "Exit" se destaca por ser inspirada no livro "A Sangue Frio" (1966) de Truman Capote, que narra o brutal assassinato de uma família no Kansas, EUA.


Dois anos após o lançamento do álbum, John Bardo invadiu a casa da jovem atriz Rebecca Schaeffer, uma estrela em ascensão de Hollywood, e a matou a tiros. Rebecca tinha apenas 21 anos. No tribunal, a defesa de Bardo tocou "Exit" enquanto ele sorria e cantava, alegando que Bardo havia idealizado particularidades da letra como referências a ele e à atriz. 


Abalado pela tragédia e pela distorção de sua música, o U2 decidiu parar de tocar "Exit" em seus shows. Essa decisão refletiu o impacto cultural e a responsabilidade que os artistas carregam sobre como suas obras são percebidas pelo público.

John Bardo


4. Assassinato de Elise Fer e Slayer

Elise Fer era uma garota retraída que havia tido problemas com drogas no passado. Em 22 de julho de 1995, ela se encontrou com três amigos perturbados que tinham planos sombrios. Na cabeça dos jovens, eles necessitavam de um sacrifício para Satanás, e Elise foi a escolhida. Ela foi levada para um bosque, onde teve um cinto enrolado no pescoço e foi esfaqueada 12 vezes, sendo seu corpo abandonado na floresta. Os autores do crime retornaram ao local diversas vezes para manter relações sexuais com o corpo morto. 


Em 13 de março do ano seguinte, Royce Casey, um dos assassinos, confessou o crime após se converter ao cristianismo. A notícia abalou a cidade, gerando uma busca pela motivação do crime. Uma hipótese levantada foi que Joseph Fiorella, o mais jovem do grupo, havia encontrado mensagens nas músicas da banda Slayer, principalmente na música "Altar of Sacrifice", que indicava passo a passo o que deveria ser feito para obter sucesso e poder. Posteriormente, Jacob Delashmutt, um dos envolvidos no assassinato, declarou que a música era destrutiva, mas que o verdadeiro motivo do crime foi a obsessão de Joseph por Elise e o desejo de matá-la.

Joseph Fiorella - Royce Casey - Jacob Delashmutt


5. Massacre de Columbine e Marilyn Manson

Em 20 de abril de 1999, dois estudantes invadiram a escola de Columbine com armas de fogo e começaram a disparar contra estudantes e professores, resultando na morte de 12 adolescentes e um professor. Os autores, Eric Harris e Dylan Klebold, cometeram suicídio após serem cercados pela polícia. Posteriormente, foram encontradas anotações nos itens pessoais dos autores, onde faziam referência ao jogo "Doom" e algumas músicas. 


Uma música que supostamente estava presente nas anotações era do cantor Marilyn Manson. Após o evento trágico e o sensacionalismo midiático, o cantor foi perseguido e culpado pelo ocorrido, gerando diversos protestos e cancelamentos de shows em todo o território americano, quase culminando no fim de sua carreira. 

Eric Harris e Dylan Klebold


6. Kimveer Gill e Megadeth

"A Tout Le Monde", um dos principais singles do álbum Youthanasia do Megadeth, foi infamemente associada a um evento trágico em 2006. Kimveer Gill, que iniciou um tiroteio em uma universidade de Montreal, Canadá, utilizou a canção como justificativa para seu ato inexplicável. 


Durante o ataque, Gill matou um estudante e feriu outros 19 antes de tirar a própria vida. Posteriormente, a polícia descobriu um blog onde Gill publicava fotos segurando armas e mensagens de ódio. Em um dos posts, ele mencionava que a música "o convenceu" a realizar o ataque.


Naquele mesmo ano, o vocalista Dave Mustaine expressou sua indignação, afirmando sentir "raiva por alguém tentar transformar uma música bonita em algo terrível", e declarou que Gill "não era digno" de ser fã do Megadeth.

Kimveer Gill


7. Charles Manson e os Beatles

Charles Manson ficou conhecido por liderar uma seita e realizar diversos assassinatos pelos Estados Unidos nos anos 60. Entre suas vítimas estava Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski. A seita invadiu sua casa e matou todos presentes a golpes de faca e tiros. 


Manson tinha teorias alucinadas sobre o destino da humanidade, ele acreditava que brancos e negros entrariam em uma guerra racial que resultaria na aniquilação mútua. Achava que, após o assassinato do Dr. Martin Luther King Jr., em 1968, esse seria o desfecho lógico. E apenas ele, Manson, e sua seita, escondidos no deserto, sobreviveriam. Ao conceber essa teoria, ele misturava preceitos da Bíblia com as canções do White Album do Beatles, que ele ouvia ininterruptamente dia e noite.

Charles Manson






 

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