Porto Alegre, idos de 1988. Uma multidão de jovens assistiu em ginásios de escola uma banda mineira que faria a história do metal pesado no Brasil e no mundo. A banda faria outros shows em ginásios de escolas, mas a verdade é que estávamos vendo a história do Metal sendo escrita. Nesta trajetória a plateia de Porto Alegre viu a saída dos irmãos Cavalera e a entrada de Derryck Green nos vocais e, mais recentemente, a chegada do baterista Greyson Nekrutman.
Porto Alegre, 2025. Nesta noite, a plateia assiste mais uma vez aquela banda, que agora tornou-se mundial, além de referência declarada entre os músicos. Mas desta vez é diferente: a tour de despedida. O Sepultura escreve seus últimos momentos de uma trajetória, que teve seus altos e baixos, que colocou a banda no panteão das principais no cenário do metal mundial.
O histórico auditório Araújo Vianna, praticamente lotado, viu pela segunda vez um setlist de despedida que se foi, como disse Andreas Kisser em determinado momento do show, diferente daquele tocado na primeira data, mostrou uma banda mais coesa. Talvez essa impressão se deva ao maior entrosamento do baterista com os demais integrantes.
O requiem contou com clássicos como Beneath the Remains, Inner Self, Attitude, Escape to the Void, a versão consagrada, da banda Motörhead, Orgasmatron, seguida pela Troops of Doom. As músicas que prepararam o final da apresentação trouxeram dois clássicos que tratam de questões políticas que, apesar de escritas há tempos, ainda soam atuais, Territory e Refuse/Resist, do álbum Chaos AD. O fechamento se deu com Ratamahatta e Roots, do mundialmente consagrado álbum Roots que traz influências da cultura musical brasileira.
A tour de despedida terá um registro em um álbum com 40 músicas, e, segundo Andreas Kisser, contará com uma faixa apresentada em Porto Alegre, que, segundo o músico, é uma cidade importante para a história do Sepultura.
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